
para a visitação do público – Foto: Lucca Herzog
Guilherme Athayde
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Um projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores busca eternizar o antigo Santuário de Schoenstatt, na margem da BR-471, em Santa Cruz do Sul, como patrimônio histórico, cultural e religioso do município. Apresentado por Edson Azeredo (PL), o texto entrou na pauta do Legislativo na reunião de segunda-feira, 18, e precisa tramitar por mais duas sessões para ser votado.
A intenção do vereador é evitar que o antigo prédio possa ser algum dia vendido ou demolido, e manter na memória da cidade o tradicional local de adoração religiosa da fé cristã. “Apresentei um projeto a pedido de devotos e religiosos sobre o ex-Santuário de Schoenstattt. Precisamos deixar isso claro, porque o santuário foi deslocado para a Rua Fernando Abott (no Bairro Goiás) em uma negociação que se teve com o município. O que estou fazendo é denominando patrimônio histórico para o ex-Santuário de Schoenstatt, que vai se chamar Santuário Mãe e Rainha Três Vezes irável, que está no projeto”, explica Azeredo.

ABERTO AO PÚBLICO
O vereador destaca que, mesmo com o novo santuário, inaugurado em 7 de maio de 2023, o espaço na BR-471 permanece em destaque para os santa-cruzenses como um local de grande valor histórico e religioso. “Para manter na forma original, para que as pessoas possam ficar com isso na cabeça delas e utilizar o espaço como um local de meditação, de religiosidade. A ideia é fazer com que o município não possa vir a demolir esse espaço, psra que fique eternizada a história de tantos anos deste santuário. A intenção é declarar como patrimônio histórico, para que possam ser buscadas, inclusive, verbas públicas para manter essa história que se teve tantos anos”, reforça.
Em 2020, a capela começou a ser transferida para uma residência no centro da cidade, por iniciativa do Movimento Apostólico de Schoenstatt, que mantinha a posse do terreno de 13,5 hectares no Bairro Santuário. A justificativa do grupo, ligado à Diocese de Santa Cruz do Sul, era a falta de segurança do local.
A decisão causou polêmica e um grupo de fiéis formou, em setembro de 2021, a Associação Mãe e Rainha, buscando a manutenção do santuário em seu local original. O assunto foi parar no Ministério Público, que impediu a venda do terreno e cobrou intervenções da Prefeitura para aumentar a segurança às freiras que lá residiam.
Reaberto em 2022, o espaço já recebeu mais de 6 mil visitantes, segundo o presidente da Associação Mãe e Rainha, Ruy Alberto Kaercher. “A Associação Mãe e Rainha, que assumiu as funções de manter o local à visitação pública, após seu abrupto fechamento, está plenamente de acordo com essa proposta e se coloca a disposição do Poder Público Municipal para assumir, mediante concessão, a capelinha e seu entorno, para proporcionar a visitação pública e manter igualmente as atividades religiosas, como missas, orações e etc”, frisa.
O santuário na BR-471 recebe missas aos domingos, às 16h30, e realiza o Terço dos Homens às segundas feiras, 19h30. Às quartas-feiras, a partir das 14 horas, ocorre a oração do terço. O local está aberto ao público de segundas a sextas-feiras das 8 horas às 17h30, e nos domingos das 15h30 as 17h30.