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Dia da Indústria | Quando o agro encontra a indústria 24294d

Integração entre campo e indústria estimula a produção sustentável, a modernização e a eficiência j2y19

Tabaco liderou as exportações gaúchas no primeiro quadrimestre deste ano

No Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, há um setor onde o agro e a indústria se encontram de forma exemplar: a cadeia produtiva do tabaco. As indústrias são responsáveis por mais de 40 mil empregos diretos, e suas exportações alcançaram quase US$ 3 bilhões em 2024. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025, o tabaco liderou as exportações gaúchas, com mais de US$ 900 milhões embarcados, superando produtos como carne de frango, cereais e farelo de soja.

A expectativa para 2025, segundo aponta pesquisa encomendada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) junto à consultoria Deloitte, é de um crescimento entre 10,1% e 15% nas exportações em relação ao ano anterior. Segundo Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, o avanço representa não apenas números, mas oportunidades concretas para mais de 200 municípios gaúchos produtores de tabaco, que encontram na atividade uma de suas principais fontes de desenvolvimento.

Cidades como Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, abrigam o maior complexo mundial de processamento de tabaco. Suas indústrias estão entre as mais tecnológicas do mundo, utilizando equipamentos de ponta e garantias ISO. Empregam de forma direta mais de 40 mil pessoas e movimentam outros milhares de empregos indiretos em sua cadeia de suprimentos. Já a matéria-prima que abastece as linhas de produção, emprega outras 626 mil pessoas no campo, em mais de 500 municípios.

“Neste Dia da Indústria, celebramos a capacidade de unir o agro e a indústria em uma parceria que transforma vidas, movimenta economias locais e posiciona o país como líder global”, celebra Thesing, que representa o sindicato que congrega 14 indústrias de tabaco.

Foto: Banco de Imagens/SindiTabaco

DESAFIOS E DIÁLOGO

Thesing também destaca o desafio de alinhar o protagonismo do Brasil como segundo maior produtor e maior exportador de tabaco do mundo com o cenário regulatório atual, como no caso da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). Para ele, regulamentar esse novo mercado global é olhar com responsabilidade para o futuro da cadeia produtiva instalada no país, aproveitando estruturas industriais já consolidadas e garantindo a continuidade de um modelo que combina eficiência e renda.

“Defender a regulamentação desse segmento é, acima de tudo, garantir que os produtores brasileiros tenham espaço nesse novo modelo de negócios. O futuro da nossa cadeia produtiva a pela capacidade de inovação, adaptação e diálogo com a sociedade e com os órgãos reguladores”, frisa o executivo.

Foto: Junio Nunes