Sara Rohde
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Foi registrado nessa segunda-feira, 18, o atropelamento de três quatis no o Grasel, em Santa Cruz do Sul. Os incidentes ocorreram na sequência, sendo primeiro a mãe e em seguida seus dois filhotes, relatou o biólogo Pablo Tadeu Pereira da Silva, que atua no Departamento de Biodiversidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Regional de Santa Cruz do Sul, e ava pelo local no momento dos fatos.
Uma perda lastimável, visto que os animais são parte da fauna silvestre do Município, onde constam espécies ameaçadas de extinção. Segundo Pablo, é de extrema importância, primeiramente, a implantação de mais mecanismos de controle de velocidade no local. “Ideal se tivesse adores de fauna por baixo da rodovia, embora essa infraestrutura seja custosa, inclusive, financeiramente”, salientou.
No local há um ador em cima da via para que os animais possam circular entre a mata, o que não é suficiente, relatou o biólogo. “Como necessidade imediata colocaria mecanismos de controle de velocidade, campanhas de divulgação (além de placas) e preservação total do que ainda existe do Cinturão Verde e florestas associadas”, destacou.
Em contato com a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz do Sul (Semass), o secretário Jaques Eisenberger destacou que, com o objetivo de evitar novos atropelamentos de animais silvestres, a Semass já implantou cinco adores de fauna em algumas ruas que am pelo Cinturão Verde. Atualmente, há um ador de fauna no o Grasel, dois na avenida Melvin Jones e dois na Rua Benno João Kist.
Conforme Jaques, apesar da redução dos acidentes nos últimos anos, eventualmente ainda há casos de atropelamentos, “o último caso foi o da família de quatis que recebemos informações junto à Semass no dia 19”, disse o secretário.
A Semass informou ainda que, o ador de fauna existente no o Grasel está instalado no local desde 2015, porém, ainda há muito o que fazer para reduzir o máximo possível estes acontecimentos. Segundo o secretário Jaques Eisenberger, é necessário fazer novas ações no local evitando assim novos eventos. “A Secretaria pretende avaliar junto com a Secretaria de Segurança, Transportes e Mobilidade Urbana a possibilidade de instalação de redutores de velocidade eletrônicos no o Grasel, bem como a instalação de placas informativas acerca da presença de animais silvestres na região e risco de atropelamentos”, destacou.
Em contato com a Secretaria de Segurança, Transportes e Mobilidade Urbana, o diretor da pasta, Estor Luiz Iochims, relatou que algumas medidas já foram colocadas em prática, mas que outras demandas podem ser enviadas pela comunidade à Secretaria. “O o Grasel já é um local de baixa velocidade, já tem transposição para propiciar aos animais o eio seguro de um lado para o outro, mas não podemos afirmar que exista um escoltamento”, disse o diretor, salientando que a Secretaria está aberta para analisar o que possa agregar de valor ao local.
Para Estor, é de extrema importância que a comunidade leve às autoridades esses acontecimentos, visto que só assim a Prefeitura estará a par dos fatos. “Sempre podemos analisar de forma técnica o que o espaço pode trazer ao usuário do transporte, respeitando a fauna já que ali é um lugar privilegiado para ela devido ao Cinturão Verde”, salientou.
O responsável reforçou que a situação causa preocupação e será discutida com os órgãos técnicos. A recomendação, segundo Estor, é de que qualquer acontecimento deste tipo deve ser reado às secretarias, pois somente assim poderá ser tomada alguma providência em cima do que já foi feito nos locais. “Aqui na Félix Hoppe, número 180, (endereço da Secretaria de Segurança, Transportes e Mobilidade Urbana) as portas estão abertas à comunidade”, finalizou.
É possível levar as demandas também à Secretaria do Meio Ambiente de Santa Cruz, localizada em frente ao Parque da Oktoberfest, Rua Galvão Costa, 708. Outras informações com a Secretaria de Segurança, Transportes e Mobilidade Urbana pelo telefone (51) 3715-3611; ou o Meio Ambiente através do (51) 3713-8242.

